A PRINCESA ROSA
CHOQUE
Béatrice Garel e
Muzo
Do alto da torre de seu
castelo, a princesa Rosa-Choque sonhava com o príncipe encantado.
– Como vou encontrá-lo? –
perguntou ela, suspirando. – A Bela Adormecida, a Cinderela, a Branca de Neve,
todas elas se casaram com o príncipe de seus sonhos. O que elas fizeram?
Rosa Choque foi perguntar à sua fada-madrinha. E ela lhe respondeu num
tom misterioso:
– Tudo o que posso lhe dizer
é que antigamente os príncipes apareciam para salvar as princesas que corriam
perigo.
A princesa pensou, pensou...
– Tenho uma ideia! –
exclamou ela. – Vou pedir ao velho dragão, que mora no meio da floresta, para
me sequestrar. Assim, vou correr perigo!
Rosa-Choque foi
imediatamente encontrar o dragão e lhe contou o que desejava. O dragão respirou
fundo:
– Ah! Estou velho e cansado
demais para sequestrar você. Mas se me der um tablete de chocolate, talvez eu
consiga lançar uma chama ou duas.
– Combinado! – disse Rosa
Choque.
O dragão rugiu e com muito
esforço lançou uma chama.
– É tudo o que posso fazer –
disse ele.
– Socorro! Socorro! – gritou
a princesa.
Não demorou muito e se ouviu
um barulho bem alto de alguém gritando.
E surgiu um cavaleiro
fantástico com sua brilhante armadura.
Mas, assim que o príncipe
tirou seu capacete, Rosa Choque só faltou desmaiar: o príncipe tinha cara de
sapo, era horrível de feio.
– Linda princesa, salvei
você das garras do dragão. Quer casar comigo?
Então a princesa se lembrou
das histórias que lia quando era criança.
“Um beijinho e tudo fica
resolvido!”
1. O trecho que apresenta uma opinião é:
(A) o príncipe tinha cara de sapo, era horrível de feio.
(B) do alto da torre de seu castelo:
(C) O dragão respirou fundo;
(D) O dragão rugiu e com muito esforço lançou uma chama.
2. O fragmento do texto que mostra um fato é:
(A) estou velho e cansado demais para sequestrar você;
(B) talvez eu consiga lançar uma chama ou duas;
(C) um beijinho e tudo fica resolvido;
(D) Rosa-Choque foi imediatamente encontrar o dragão.
O PRÍNCIPE
DESENCANTADO
O primeiro beijo foi dado por um príncipe em uma princesa que estava
dormindo encantada havia cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou
a falar:
PRINCESA – Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
PRÍNCIPE – Sim, minha querida princesa.
PRINCESA – Então nós temos que nos casar, já! Você me beijou, e foi na
boca, afinal de contas não fica bem, não é mesmo?
PRÍNCIPE – É... querida princesa.
PRINCESA – Você tem um castelo, é claro.
PRÍNCIPE – Tenho... princesa.
PRINCESA – E quantos quartos tem o seu castelo, posso saber?
PRÍNCIPE – Trinta e seis.
PRINCESA – Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas
reformas... Deixa eu pensar quantas amas eu vou ter que contratar... Umas quarenta
eu acho que dá!
PRÍNCIPE – Tantas assim?
PRINCESA – Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar as minhas
unhas varrendo, lavando e passando, não é?
PRÍNCIPE – Mas quarenta amas!
PRINCESA – Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui
me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar
fora de moda, afinal passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem
de marfim, sapatinhos de cristal e... e... joias, é claro! Eu quero anéis,
pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas,
pepitas de ouro e discos de platina!
PRÍNCIPE – Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...
PRINCESA – Não me venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui
dormindo e você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande aí como uma
gata borralheira? Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!
Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido lá e
beijado. Então teve uma ideia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou
sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A princesa caiu imediatamente em sono
profundo, e dizem que até hoje está lá, adormecida. Parece que a notícia se
espalhou, e os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela dorme,
assobiando e olhando para o outro lado.
3. Um fato expresso no texto o Príncipe Desencantado é:
(A) Então nós temos que nos casar, já! Você me beijou;
(B) Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas...;
(C) Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas;
(D) Umas quarenta eu acho que dá.
4. A alternativa que indica uma opinião no texto o Príncipe desencantado
é:
(A) eu estava aqui dormindo
(B) as minhas devem estar fora de moda;
(C) então teve uma ideia;
(D) a notícia se espalhou.
5. O fragmento que expressa relação de causa e consequência é:
(A) Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas;
(B) Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido lá e
beijado;
(C) Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
(D) os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela dorme.
Por que minha
voz soa estranha quando a escuto numa gravação?
Por que minha voz soa estranho quando a
escuto numa gravação? (Pergunta de Lucivaldo Saccardo, Quirinópolis, GO)
Por que, quando escutamos a própria voz
em uma gravação, ela soa estranha? Minha voz não parece ser a minha.
Lucivaldo
Saccardo, Quirinópolis, GO
A sua voz de verdade – a que todo mundo escuta – é a que está no
gravador, Lucivaldo.
Você acha sua voz diferente desta porque escuta a mistura de dois sons:
a voz propagada pelo ar e a que reverbera dentro do seu corpo. Esta é conduzida
da garganta aos ossos cranianos e captada pelo ouvido interno – para escutá-la
de forma isolada basta tapar as orelhas. Já a segunda não passa pelos ossos,
então soa mais aguda do que você espera. Mas calma: ela nunca é tão horrível
quanto você pensa.
Fonte: Livro Barulho,
Água e Carne: a História do Som nas Artes, de Douglas Khan
6. A causa de estranharmos
o som da nossa voz é:
(A) porque
parece não ser a nossa;
(B) porque
escutamos a mistura de dois sons;
(C) porque é uma
gravação;
(D) porque ela é
diferente.
Saiba como os
mosquitos escolhem as pessoas que vão picar
Uma maneira de diminuir a
quantidade de picadas de mosquitos é saber o que atrai estes insetos em
primeiro lugar. Basicamente, a picada depende do cheiro da pessoa. Os mosquitos
têm receptores de odores em suas antenas, e eles podem cheirar qualquer humano
dentro de 100 metros.
Outro fator determinante
para as picadas é a genética. 85% das pessoas que os mosquitos preferem picar
têm uma genética capaz de atrair o inseto. É por isso que eles picam mais
algumas pessoas, e menos outras pessoas.(...)
7. A causa de algumas pessoas sofrerem mais com mosquitos que outras é:
(A) o cheiro e a genética;
(B) os receptores de odores;
(C) eles podem cheirar qualquer humano dentro de 100 metros
(D) não saber o que atrai o mosquito.
DEPRESSÃO
A depressão é caracterizada
pela perda ou diminuição de interesse
e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um
motivo evidente. Hoje é considerada a quarta principal causa de incapacitação,
segundo a Organização Mundial da Saúde.
Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade — embora
seja mais frequente entre mulheres — e exige avaliação e tratamento com um
profissional. O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica
cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina,
ligada à sensação de bem-estar.
Hoje se sabe que a depressão não promove apenas uma sensação de
infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas no
sistema imune e o aumento de processos inflamatórios. Por essas e outras, já
figura como um fator de risco para condições como as doenças cardiovasculares.
8. A alternativa que NÃO apresenta uma consequência da depressão:
(A) desânimo sem fim;
(B) sensação de infelicidade crônica;
(C) diminuição de interesse e prazer pela vida;
(D) atinge pessoas de qualquer idade
DESODORANTES E ANTITRANSPIRANTES: QUAL A
DIFERENÇA?
Você pode até pronunciar os
dois juntos referindo-se a apenas um tipo de produto: desodorantes
antitranspirantes. A verdade é que existe uma enorme diferença, quimicamente
falando, entre eles.
Desodorantes: o princípio
ativo está nas fragrâncias, elas disfarçam os odores. Possuem também agentes
antibacterianos para eliminar as bactérias presentes no suor.
Antitranspirantes: os mais comuns são compostos por Cloridrato de
Alumínio, Cloreto de Alumínio ou outras substâncias derivadas do alumínio. Eles
agem inibindo a transpiração, deste modo, são mais eficientes no controle de
odores.
A ação adstringente dos
antitranspirantes consiste em comprimir as glândulas sudoríparas de modo que
elas passem a não produzir mais suor. Entretanto, estudos alertam para
possíveis tumores na região das axilas, provenientes do uso deste tipo de
produto.
9. Os antitranspirantes combatem o odor porque:
(A) comprimem as glândulas sudoripas;
(B) disfarçam o odor;
(C) eliminam as bactéris presentes no suor;
(D) produzem mais suor.
CONTO DO VIGÁRIO
O conto do vigário aconteceu no século XVIII na cidade de Ouro Preto
entre duas paróquias: a de Pilar e a da Conceição que queriam a mesma imagem de
Nossa Senhora.
Um dos vigários propôs que amarrassem a santa no burro ali presente e o
colocasse entre as duas igrejas. A igreja que o burro tomasse direção ficaria
com a santa. Acontece que, o burro era do vigário da igreja de Pilar e o burro
se direcionou para lá deixando o vigário vigarista com a imagem.
10. O vigário vencedor conseguiu esta façanha porque:
(A) o burro era da igreja de
Pilar;
(B) era dono do burro;
(C) foi uma disputa entre duas igrejas;
(D) as duas igrejas queriam a imagem.
GABARITO
1.A
2.D
3. B
4.B
5.B
6.B
7.A
8.D
9.A
10.B
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