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domingo, 26 de fevereiro de 2017

A FORÇA DA PALAVRA NA PUBLICIDADE INTERPRETAÇÃO 5Q MARCAR X

A força da palavra na publicidade

       A palavra tem o poder de criar e destruir, de prometer e negar, e a publicidade se vale desse recurso como seu principal instrumento. Bolinger {...} destaca que, como o uso de simples palavras, a publicidade pode transformar um relógio em jóia,
um carro em símbolo de prestígio e um pântano em paraíso tropical.
        Assim, quando um congressista norte-americano ameaçou processar os fabricantes de determinados produtos por promessas não cumpridas – iniciativa que, aliás, se repetiu no  Brasil ----, um publicitário respondeu: “Então será necessário processar todos os fabricantes de cosméticos e perfumes, pois eles vendem à mulher um frasco de promessas”.
        Por suas propriedades semânticas, o texto publicitário informa que “O sabonete Palmolive é feito com as mais finas essências de oliva e palma” e que “Diet Coke traz o prazer de viver em forma”. A palavra deixa de ser meramente informativa, e é escolhida em função de sua força persuasiva, clara ou dissimulada. Seu poder não é simplesmente o de vender tal ou qual marca, mas integrar o receptor à sociedade de consumo. Pode-se, eventualmente, resistir ao imperativo (“compre”), mas quase sempre se atende ao indicativo. E mesmo que eu não acredite no produto, “creio na mensagem publicitária que quer me fazer crer” {Baudrillard}. Pode-se dizer que é algo parecido com a crença em Papai Noel: mesmo que não se acredite no mito, todos o aceitam como símbolo de amor e proteção.
        A função persuasiva na linguagem publicitária consiste em tentar mudar a atitude do receptor. Para isso, ao elaborar o texto o publicitário leva em conta o receptor ideal da mensagem, ou seja, o público para o qual a mensagem está sendo criada. O vocabulário é escolhido no registro referente a seus usos. Tomando por base o vazio interior de cada ser humano, a mensagem faz ver que falta algo par completar a pessoa: prestígio, amor, sucesso, lazer, vitória. Para completar esse vazio, utiliza palavras adequadas, que despertam o desejo de ser feliz natural de cada ser. Por meio das palavras, o receptor “descobre” o que lhe faltava, embora logo após a compra sinta a frustração de permanecer insatisfeito.

(Nelly de Carvalho. Publicidade – A linguagem da
sedução. São Paulo: Ática, 1996, p. 18.9)

1. Segundo o texto, a linguagem publicitária tem a função de transformar porque a palavra tem o poder de criar e destruir. Mas ela deixa a sua função informativa e adquire outra. Baseada nessa informação, qual a função que a linguagem publicitária assume?
a) Persuasiva
b) Dedutiva
c) Indutiva
d) Argumentativa
e) Instrutiva

2. Toda linguagem publicitária está vinculada a uma intenção. Em razão disso, qual a pretensão do anunciante para com o interlocutor?
a) Tornar conhecido determinado produto;
b) Mudar a atitude do interlocutor;
c) Deixar a pessoa satisfeita com o produto;
d) Vender o produto para o interlocutor;
e) Apresentar a empresa ao interlocutor.

3. Na frase: “O sabonete Palmolive é feito com as mais finas essências de oliva e palma”, encontramos uma seleção de vocabulário para atingir o interlocutor. O que essa frase transmite ao interlocutor?
a) O produto traz felicidade para as pessoas;
b) Não existe outro produto melhor que esse;
c) Ele torna a pessoa especial e feliz;
d) O produto só deve ser usado por pessoas finas;
e) Uma sensação de poder sobre os outros.


4. O 2º parágrafo inicia com a conjunção “assim”. Qual o sentido semântico dela no contexto?
a) Oposição
b) Explicação
c) Adição
d) Conclusão
e) Alternativa

5. No último parágrafo aparece o pronome “seus”. A quem ele faz referência dentro do contexto?
a) Ao conjunto das coisas;
b) A mudança de atitude do receptor;
c) A linguagem publicitária;
d) A insatisfação do interlocutor;


e) Aos usos do vocabulário.

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