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sábado, 25 de fevereiro de 2017

CRONICA INTERPRETAÇÃO MAIS GENTILEZA POR FAVOR

MAIS GENTILEZA, POR FAVOR!
Outro dia – numa roda de amigos – surgiu um assunto que me fez pensar: já repararam que nesses tempos modernos, deixamos a gentileza de lado e nos desculpamos pelos maus modos, colocando a culpa no estresse? Pode ser uma resposta atravessada por conta do trânsito caótico. Pode ser o prazo curto. A falta de dinheiro. A falta de tempo. A falta de saúde. A falta de graça na vida. Os motivos são muitos e não param. Mas será que – em nome das nossas “faltas” – temos o direito de sermos MENOS humanos? Onde foi parar a delicadeza, a gentileza, a educação e o respeito? Onde foi parar o que nós SOMOS?
Desculpe-me, mas é difícil responder. Estamos tão individualistas que mal percebemos o outro. Eu, pessoalmente, acho uma falta de inteligência privilegiar apenas o SABER e não valorizar quem tem uma visão generosa do mundo. Para mim, a combinação dos dois – conhecimento e sensibilidade – são um prato cheio para vivermos melhor. E crescermos tanto pessoal, quanto profissionalmente.
Infelizmente, não é isso que vemos por aí. O respeito parece ter saído de moda. Gentileza, então, virou gíria das nossas avós. Nada de “bom dia”, “boa tarde”, nem um olhar que te perceba como indivíduo.
Importante esclarecer: não gosto de generalizar. Conheço pessoas que – no meio do salve-se quem puder! – continuam a ser PESSOAS.  Enxergam, em seus olhos, o outro. Oferecem – sem o menor constrangimento – um abraço sincero. Uma ajuda inesperada. Um elogio. Um silêncio na hora certa.
Isso, para mim, não é frescura. É apenas a boa e velha educação pedindo passagem... Implorando para não ser esquecida, dentro do carro, na hora do rush.
Claro que não é preciso dizer “obrigada!” a cada minuto. Mas antes uma palavra doce do que deixar nosso lado brucutu (acredite, todo mundo tem um!) falar mais alto e acabar com a CORDIALIDADE que ainda nos resta.
Você acha esse papo ultrapassado? Chegou, então, a hora de me desculpar. DE NOVO.
Sei que pode parecer ingenuidade minha, mas eu continuo com fé no ser humano. (E em mim). Acho que a pessoa que desenvolve sua sensibilidade para perceber o outro (seja no trabalho, em casa, na rua ou na fazenda), só tem a ganhar. Uma promoção. Um trabalho melhor. Um amigo de verdade. Um dia mais feliz. Ou apenas um sorriso que – a meu entender – já vale o esforço.
Por isso, venho escrever esse texto para tirar meu nó da garganta e alertar aos que ainda sabem ouvir: o mundo precisa de mais gentileza. E menos – muito menos! – cara amarrada.
(Fernanda Mello)

1) “Desculpe-me, mas é difícil responder.” De acordo com o contexto, a conjunção coordenada grifada no período se classifica como:
a) explicativa, pois marca uma explicação.
b) aditiva, porque marca uma adição.
c) adversativa, já que marca uma oposição
d) conclusiva, uma vez que marca conclusão.


2) “Gentileza, então, virou gíria das nossas avós.” Podemos afirmar sobre o fragmento sublinhado que:
a) é um período composto.
b) é um período simples.
c) possui duas orações.
d) não possui orações.

3) Em um dos fragmentos abaixo retirados do texto houve um equivoco no uso do da conjunção MAS e do advérbio MAIS assinale-o.
a) “Sei que pode parecer ingenuidade minha, mais eu continuo com fé no ser humano.”
b) “O mundo precisa de mais gentileza.”
c) “Claro que não é preciso dizer “obrigada!”a cada minuto. Mas antes uma palavra doce...”
d) “Um dia mais feliz”.

4) “Sei que pode parecer ingenuidade minha” O tipo de sujeito do fragmento do texto se classifica como:
a) composto
b) indeterminado
c) oculto
d) composto e simples

5) Em uma das alternativas abaixo cometeu-se um erro ao grifar o sujeito, indique-a:
a) O mundo precisa de mais gentileza.
b) Os motivos são muitos.
c) Gentileza, então, virou gíria das nossas avós.
d) Surgiu um assunto.


Gabarito 1c, 2b, 3a, 4c, 5d.

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