CONTO MARAVILHOSO – IRMÃOZINHO E IRMÃZINHA
(Irmãos Grimm)
O irmãozinho
pegou a irmãzinha pela mão e disse: - "Desde que a nossa mãezinha morreu
não fomos mais felizes, e a nossa madrasta bate em nós todos os dias, e se
tentamos nos aproximar dela, ela nos expulsa com os pés. A nossa refeição são
os pedaços de pães duros que sobram, e o cachorrinho que fica debaixo da mesa tem
mais sorte, porque para ele ela joga pedaços melhores. Tomara que o céu tenha pena
de nós. Se a nossa mãe soubesse! Venha, vamos sair e andar pelo mundo."
[...]
Quando eles
chegaram no próximo riacho a irmã ouviu quando ele também
disse: - "Quem beber de mim será um lobo, quem beber de
mim será um lobo." Então a irmã gritou: - "Por favor, querido irmão,
não beba essa água, ou você vai ser tornar um lobo, e irá me devorar." O
irmão não bebeu, e disse: - "Eu vou esperar até quando chegarmos na
próxima fonte, mas eu então eu vou beber, diga você o que disser, porque a
minha sede é grande demais."
[...]
E quando eles
tinham percorrido uma grande parte do caminho, eles chegaram, finalmente, em
uma pequena cabana, e a garota olhou dentro, e a cabana estava vazia, então ela
pensou: - "Nós poderíamos ficar aqui e morar." Então ela começou a procurar
folhas e musgos para fazer uma cama macia para o cabrito, e todas as manhãs ela
saía para colher raízes, frutas e nozes para ela, e trazia grama verde para o
cabrito, que comia tudo na mão dela, e estava contente e ficava brincando em
volta dela. À noite, quando a irmãzinha estava cansada, e após ter feito as
suas orações, ela punha a sua cabeça nas costas do cabritinho, que ficava como
travesseiro, e ela dormia suavemente sobre ele. E se o seu irmão adquirisse de
volta a sua forma humana, a vida se tornaria maravilhosa.
[...]
Mas a madrasta
perversa, a qual era a culpada pelas crianças terem saído pelo mundo, achava o
tempo todo que a irmãzinha tinha sido reduzida a pedacinhos pelos animais
selvagens da floresta, e que o irmão tinha sido morto como cabritinho pelos caçadores.
Então quando ela soube que eles estavam tão felizes, e passavam bem, a inveja e
o ódio tomaram conta do seu coração e ela não conseguia ter paz, e ela não
queria pensar em nada que não fosse trazer infelicidade a vida deles novamente.
A sua própria filha, que era tão feia quanto um filhote de cruz credo com Deus
me livre, era caolha, e disse resmungando para ela: "Rainha, eu é que
devia ser a rainha."
- "Pode
ficar sossegada," respondeu a velhinha, e a consolava dizendo:
"quando chegar a hora eu estarei preparada."
[...]
Então ela contou
ao rei a maldade que a bruxa perversa e a sua filha eram culpadas do que tinha
acontecido com ela. O rei ordenou que elas fossem apresentadas diante do
tribunal, e o julgamento foi decidido em condenação para elas.
A filha dela foi
levada para a floresta onde ela foi feita em pedacinhos pelos animais selvagens,
mas a bruxa foi atirada no fogo e queimada até virar brasa. E quando ela era
queimada, o cabritinho mudou o seu aspecto e tomou a forma humana novamente, então
a irmãzinha e o irmãozinho viveram felizes juntos até o fim dos seus dias.
1) Hoje ainda existem muitas crianças abandonadas?
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2) Por que há tantas crianças abandonadas nas ruas?
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3) Quem são os personagens principais da história?
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4) Quem seria a bruxa?
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5) Por que as crianças saíram de casa?
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6) Que solução as crianças encontraram para se abrigar?
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7) Quem apareceu e salvou as crianças?
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8) O que aconteceu com a linda jovem, a irmãzinha?
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9) Qual foi o feitiço que a bruxa praticou com a rainha?
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10) Nos contos as bruxas praticam a metamorfose, isto
é mudam de forma. Quais as formas que a bruxa se apresenta no texto?
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11) No final da narrativa, o que aconteceu com a bruxa
perversa e sua filha?
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12) Em que momento da narrativa acontece a magia, o elemento
sobrenatural, onde o feitiço é desfeito?
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13) Você considera as crianças do conto espertas? Comente.
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14) Releia a história “Irmãozinho e Irmãzinha” e complete
os itens a seguir:
a)situação inicial
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b) conflito
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c) desenvolvimento
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d) clímax
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e) desfecho
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VERSÃO COMPLETA DO TEXTO
Contos Infantis dos Irmãos Grimm
O irmãozinho e a irmãzinha
O irmãozinho
pegou a irmãzinha pela mão e disse: — “Desde que a nossa mãezinha morreu não
fomos mais felizes, e a nossa madrasta bate em nós todos os dias, e se tentamos
nos aproximar dela, ela nos expulsa com os pés. A nossa refeição são os pedaços
de pães duros que sobram, e o cachorrinho que fica debaixo da mesa tem mais
sorte, porque para ele ela joga pedaços melhores. Tomara que o céu tenha pena
de nós. Se a nossa mãe soubesse! Venha, vamos sair e andar pelo mundo.”
Eles andaram o
dia todo pelas pradarias, campos, e lugares cheios de pedras, e quando chovia a
irmãzinha dizia: — “O céu e os nossso corações estão chorando juntos.” À noite,
eles chegaram a uma grande floresta, e eles estavam tão cansados de tristeza e fome,
e também por causa da longa caminhada, que eles se deitaram numa árvore oca e
dormiram.
No dia seguinte
quando eles acordaram, o sol já ía alto no céu, e lançava seus raios
escaldantes sobre as árvores. Então, o irmão disse: — “Irmãzinha, estou com sede,
se eu conhecesse algum riacho por aqui, eu iria para pegar água para beber,
acho que estou ouvindo um aqui perto.” O irmão se levantou e pegou a irmãzinha
pela mão, e partiram para encontrar o riacho.
Mas a madrasta
malvada era uma bruxa, e ela viu quando as crianças foram embora, e saiu às
escondidas atrás deles sem que eles notassem, como as bruxas costumam fazer, e
ela tinha enfeitiçado todos os riachos da floresta.
Ora, quando eles
haviam encontrado um pequeno riacho pulando alegremente por sobre as pedras, o
irmão ia beber um pouco de água, mas a irmã escutou uma voz que vinha do
riacho: — “Quem beber de mim será um tigre, quem beber de mim será um tigre.”
Então a irmã exclamou: — “Por favor, querido irmão, não beba, ou você se
transformará num animal selvagem, e vai me rasgar em pedaços.” O irmão não
bebeu, embora ele estivesse com muita sede, mas ele disse, — “Saberei esperar
pela próxima fonte.”
Quando eles
chegaram no próximo riacho a irmã ouviu quando ele também disse: — “Quem beber
de mim será um lobo, quem beber de mim será um lobo.” Então a irmã gritou: —
“Por favor, querido irmão, não beba essa água, ou você vai ser tornar um lobo,
e irá me devorar.” O irmão não bebeu, e disse: — “Eu vou esperar até quando
chegarmos na próxima fonte, mas eu então eu vou beber, diga você o que disser,
porque a minha sede é grande demais.”
E quando eles
chegaram na terceira fonte, a irmã ouviu que as águas diziam: — “Quem beber de
mim será um cabrito, quem beber de mim será um cabrito.” A irmã disse: — “Oh,
eu te imploro, meu irmão, não beba ou você irá se transformar num cabrito e irá
fugir para longe.” Mas o irmão se ajoelhou no mesmo instante na margem do rio,
e se inclinou e bebeu um pouco de água, e assim que as primeiras gotas tocaram
os lábios dele, ele se transformou num filhote de cabrito.
E a irmãzinha
começou a chorar porque o irmãozinho havia sido enfeitiçado, e o pequeno
cabrito também chorou, e se sentou amargurado perto dela. Mas, por fim, a
garota disse: — “Fique tranquilo, meu querido cabritinho, eu nunca, nunca vou
te deixar.”
Então ela soltou
sua liga dourada, e a colocou em volta do pescoço do cabrito, e ela colheu
juncos e os trançou transformando-os numa corda macia. Assim ela amarrou o
pequeno animal e poderia conduzí-lo, e ela andava e andava cada vez mais para
dentro da floresta.
E quando eles
tinham percorrido uma grande parte do caminho, eles chegaram, finalmente, em
uma pequena cabana, e a garota olhou dentro, e a cabana estava vazia, então ela
pensou: — “Nós poderíamos ficar aqui e morar.” Então ela começou a procurar
folhas e musgos para fazer uma cama macia para o cabrito, e todas as manhãs ela
saía para colher raízes, frutas e nozes para ela, e trazia grama verde para o
cabrito, que comia tudo na mão dela, e estava contente e ficava brincando em
volta dela. À noite, quando a irmãzinha estava cansada, e após ter feito as
suas orações, ela punha a sua cabeça nas costas do cabritinho, que ficava como
travesseiro, e ela dormia suavemente sobre ele. E se o seu irmão adquirisse de
volta a sua forma humana, a vida se tornaria maravilhosa.
Durante algum
tempo eles ficaram sozinhos na selva. Mas um dia o rei daquele país realizou
uma grande caçada na floresta. Então se ouviram rajadas de buzinas, latidos de
cães, e os gritos felizes dos caçadores ecoavam pelas árvores, e o cabrito
ouvia tudo, e estava muito curioso para estar lá. — “Oh,” disse ele para a
irmã, “eu também quero ir caçar, não aguento de vontade,” e ele insistia tanto
que finalmente ela concordou. — “Mas,” disse ela para ele, “volte quando
anoitecer, porque eu preciso fechar a porta para que os caçadores não entrem,
então bata na porta e diga: “Minha irmãzinha, me deixe entrar!” para que eu
possa saber que é você, e se você não disser isso, eu não abro a porta.” Então
o pequeno cabritinho saiu dando pulinhos, porque ele estava muito feliz e era
livre como um pássaro.
O rei e o
caçador viram a linda criaturinha, e partiram em direção a ele, mas não
conseguiram pegá-lo, e quando eles achavam que estavam quase conseguindo, ele
fugia para longe pelo meio do mato até que não conseguiam mais vê-lo. Quando
ficou escuro ele correu para a choupana, bateu na porta e disse: — “Minha
irmãzinha, me deixe entrar.” Então a porta se abriu para ele, e ele entrou
dando pulinhos, e descansou a noite inteira em sua cama macia.
No dia seguinte
a caça recomeçou, e quando o cabritinho ouviu novamente o toque da corneta, e o
rou! rou! dos caçadores, ele não teve paz, mas disse: “Irmãzinha, me deixe
sair, eu preciso sair.” Sua irmã abriu a porta para ele, e disse: “Mas você tem
de estar aqui novamente ao anoitecer e dizer a sua senha para entrar.”
Quando o rei e os caçadores novamente
avistaram o cabritinho com um colar de ouro, todos se puseram a caçá-lo, mas
ele era muito rápido e ágil para eles. E assim foi o dia todo, mas, finalmente,
ao anoitecer, os caçadores o cercaram, e um deles o feriu no pé de leve, de
maneira que ele mancava e corria devagar. Então um caçador seguiu escondido
atrás dele até a cabana e ouviu quando ele disse: “Minha irmãzinha, me deixe
entrar,” e viu que a porta se abriu para ele, e se fechou imediatamente. O
caçador tomou nota de tudo, e foi até o rei e contou para ele o que ele tinha
visto e ouvido. Então o rei disse: “Amanhã nós voltaremos a caçar.”
Irmãzinha,
todavia, ficou muito assustada quando ela viu que o seu cabritinho estava
machucado. Ela lavou a ferida dele, colocou ervas no machucado, e disse: “Vá
dormir, querido cabritinho, para que você fique bom logo.” Mas o ferimento era
tão superficial que o cabritinho, na manhã seguinte, não sentia mais nada. E
quando ele ouviu barulho de caça do lado de fora, ele disse: “Eu não aguento
mais, eu preciso sair, eles verão que não é tão fácil me pegar.” A irmã
exclamou e disse: “Desta vez eles vão te matar, e aí eu ficarei sozinha na
floresta, abandonada por todo mundo. Não vou deixar você sair.” “Aí é que eu
vou morrer de tristeza,” respondeu o cabrito, “quando eu ouço o toque da
corneta, eu sinto como se fosse pular para fora de mim mesmo.” Então a
irmãzinha não poderia fazer outra coisa, mas abriu a porta para ele com uma dor
no coração, e o cabritinho, cheio de saúde e alegria, correu para a floresta.
Quando o rei o
viu, ele disse para o caçador: “Agora vamos caçá-lo o dia todo até o cair da
noite, mas tomem cuidado para que ninguém o machuque.
E assim que o
sol se pôs, o rei disse para os caçadores: “Agora venham e me mostrem a cabana
da floresta,” e quando o rei estava na porta, e bateu e chamou: “Querida
irmãzinha, me deixe entrar.” Então a porta se abriu, e o rei entrou, e lá
estava a jovem mais adorável que ele já viu. A jovem ficou assustada quando viu
não o seu cabritinho, mas um homem que vinha usando uma coroa de ouro na
cabeça. Mas o rei olhou gentilmente para ela, estendeu a sua mão, e disse:
“Você iria comigo para o meu palácio e seria a minha esposa adorada?” “Sim,
majestade,” respondeu a jovem, “mas o pequeno cabritinho deve ir comigo, não
posso deixá-lo.” O rei disse: “Ele ficará com você enquanto você viver, e não
lhes faltará nada.” Só então o cabritinho veio correndo, e a irmã novamente o
amarrou com a corda feita de juncos, o pegou em suas mãos, e foi embora da
cabana com o rei.
O rei levou a
linda jovem em seu cavalo e a conduziu ao palácio, onde o casamento foi
realizado com grande pompa. Agora ela tinha se tornado rainha, e eles viveram
felizes e juntos por muito tempo, o cabritinho era cuidado com muito amor e
carinho, e passava o tempo correndo pelos jardins do palácio.
Mas a madrasta
perversa, a qual era a culpada pelas crianças terem saído pelo mundo, achava o
tempo todo que a irmãzinha tinha sido reduzida a pedacinhos pelos animais
selvagens da floresta, e que o irmão tinha sido morto como cabritinho pelos
caçadores. Então quando ela soube que eles estavam tão felizes, e passavam bem,
a inveja e o ódio tomaram conta do seu coração e ela não conseguia ter paz, e
ela não queria pensar em nada que não fosse infelicitar a vida deles novamente.
A sua própria filha, que era tão feia quanto um filhote de cruz credo com Deus
me livre, era caolha, e disse resmungando para ela: “Rainha, eu é que devia ser
a rainha.” “Pode ficar sossegada,” respondeu a velhinha, e a consolova dizendo:
“quando chegar a hora eu estarei preparada.”
A medida que o
tempo passava, a rainha teve um menino lindo, e um dia o rei tinha saído para
caçar, então a velha bruxa tomou a forma da camareira, foi para o quarto onde a
rainha ficava, e disse a ela: “Venha, o seu banho está pronto, ele lhe fará
bem, e vai lhe proporcionar novas forças, apresse-se antes que esfrie!”
A filha também
estava perto, então elas levaram a rainha para o banheiro, e a colocaram na
banheira, depois, elas trancaram a porta e saíram correndo. Mas no banheiro,
elas tinham aquecido o banho com um calor tão infernal que a bela e jovem
rainha se sentiu sufocada.
Depois de terem
feito isso, a velha pegou a sua filha e colocou uma touca de dormir na cabeça
dela, e a colocou na cama do rei no lugar da rainha. Ela deu à filha a forma e
a aparência da rainha, ela somente não conseguiu melhorar o olho que a sua
filha tinha perdido. Mas para que o rei não percebesse isso, ela deveria se
deitar do lado onde ela não tinha um olho.
À noite, quando o rei voltou para casa, e soube que ele
tinha um filho ele ficou muito feliz, e foi para a cama da sua querida esposa
para saber como ela estava. Mas a velha gritou rapido: “Pela tua vida, mantenha
as cortinas fechadas, a rainha não pode ver a luz ainda, e precisa descansar.”
O rei saiu, e não descobriu que a falsa rainha estava deitada na cama.
Mas a meia
noite, quando todos estavam dormindo, a babá, que estava sentada no quarto do
bebê perto do berço, e que era a única pessoa acordada, viu a porta aberta e a
verdadeira rainha entrando. A jovem rainha tirou a criança do berço, colocou-a
em seus braços, e deu de mamar a ela. Depois ela sacudiu o travesseirinho,
deitou novamente a criança, e a cobriu com uma pequena manta. E ela não se
esqueceu do cabritinho, mas foi até o cantinho onde ele estava e fez um carinho
nas suas costas. Depois ela saiu silenciosamente pela porta novamente. Na manhã
seguinte a babá perguntou aos guardas se alguém teria entrado no palácio
durante a noite, mas eles responderam: “Não, não vimos ninguém.”
Ela vinha então
durante muitas noites e nunca falava uma palavra: a babá sempre a via, mas ela
não ousava dizer nada para ninguém.
Quando tinha
passado algum tempo nesta mesma rotina, a rainha começou a falar a noite e
disse: “Como está o meu filho, como anda o meu cabritinho? Vim duas vezes, e
depois não virei nunca mais.”
A babá não
respondeu, mas quando a rainha tinha saído novamente, ela foi até o rei e lhe
contou tudo. O rei disse: “Oh, céus! o que é isto? Amanhã à noite eu vou ficar
vigiando perto da criança.” À noite ele foi até o quarto do bebê, e a meia
noite a rainha apareceu novamente e disse: ”Como está o meu filho, como anda o
meu cabritinho? Uma vez eu vim, e depois nunca mais.”
E ela cuidou da
criança como ela fazia antes de desaparecer. O rei não ousou falar com ela, mas
na noite seguinte ele fez vigília novamente. Então ela disse: “Como está o meu
bebê, como vai o meu cabritinho? Desta vez eu vim, mas depois nunca mais.”
Então o rei não
conseguiu se conter, e correu em direção à ela e disse: “Você deve ser ninguém
mais que a minha querida esposa,” e no mesmo instante ela viveu novamente, e
com a graça de Deus, ela ficou viçosa, rosada e cheia de saúde.
Então ela contou
ao rei a maldade que a bruxa perversa e a sua filha eram culpadas do que tinha
acontecido com ela. o rei ordenou que elas fossem apresentadas diante do
tribunal, e o julgamento foi decidido em condenação para elas. A filha dela foi
levada para a floresta onde ela foi feita em pedacinhos pelos animais
selvagens, mas a bruxa foi atirada no fogo e queimada até virar brasa. E quando
ela era queimada, o cabritinho mudou o seu aspecto e tomou a forma humana
novamente, então a irmãzinha e o irmãozinho viveram felizes juntos até o fim
dos seus dias.
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