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quarta-feira, 20 de maio de 2020

CRÔNICA BOTANDO PARA QUEBRAR 6º ANO CONEXÃO E USO


Crônica: Botando pra quebrar
        

      Fernando Sabino

        Dona Neném viu o anúncio na televisão e se entusiasmou: duro na queda, cai sem quebrar. Não era de hoje que esse problema vinha infernizando a sua vida doméstica: pratos trincados, xícaras sem pires, sopeiras sem tampas, peças desfalcadas inutilizando o jogo inteiro. Ela própria sendo a principal desastrada, ao ensinar a nova cozinheira como lavar a louça sem quebrar uma só peça, acabava quebrando duas.
        Agora vinha aquela novidade: a louça inquebrável. Só que desta vez não era pirex, nem plástico: tinha todo o aspecto de louça de verdade.
        — O senhor garante que não quebra mesmo? — perguntou no supermercado, diante da novidade em exibição na prateleira.
        O empregado lhe estendeu um prato com um sorriso superior:
        — Se não acredita, pode experimentar.
        Dona Neném é dessas que pagam para ver: atirou no chão o prato e o prato se espatifou em mil pedaços. O homem tentou recolher o sorriso agora desapontado:
        — É porque bateu de quina.
        — Posso experimentar outro?
        Dona Neném pegou outro prato e jogou no chão, com o mesmo resultado. O homem coçava a cabeça com ar de parvo:
        — Não sei como explicar...
        — Este não bateu de quina.
        — Devia estar com defeito.
        Um senhor gordo, que se detivera para assistir à cena, afastou polidamente o empregado com o braço e se adiantou, ar suficiente:
        — Não quebram mesmo, eu conheço o produto. É que a senhora jogou assim...  — pegou um prato e ergueu-o no ar como se fosse atirá-lo com força: — Ao passo que a senhora devia ter deixado cair assim.
        Deixou delicadamente que o prato se escapasse de suas mãos. Ao bater no chão, o prato se espatifou.
        — Então, está bem, estou satisfeita — disse dona Neném, e foi saindo.
        — Espere! — saltou o homem do supermercado, ferido nos seus brios: — Eu asseguro à senhora que não quebra mesmo, quer ver?
        Deixou cair um prato, que saiu saltitando pelo chão, sem se quebrar.
        — Eu não disse? — tornou ele, mostrando os dentes, vitorioso: — É uma questão de jeito. Uma simples questão de jeito.
        — Uma simples questão de jeito — repetiu ela: — Quer dizer que para quebrar é preciso deixar cair com jeito.
        — É isso mesmo! — desafiou uma mulherzinha que se detivera junto a eles, interessada: — Com ele não quebra, mas com a gente quebra.
        — Então experimente a senhora — e o homem lhe estendeu o prato.
        — Prefiro a sopeira, se o senhor não se incomoda.
        Ela tinha cara de uma grande quebradora de louça. Pegou a sopeira e deixou cair: caco para todo lado. Estimulada pelo exemplo, uma menina desgarrou-se da mãe; passou a mão numas xícaras e atirou ao chão. Quebraram-se todas. O senhor gordo chamou-lhe a atenção:
        — Assim não, minha filha. Tem de deixar cair.
        Pegou uma pilha de pires e deixou cair. O chão se cobria de cacos de louça. A menina, entusiasmada, se servia na prateleira, atirando ao chão tudo que suas mãos alcançavam. A mulherzinha completou a obra largando no ar, delicadamente como queria o outro, a tampa da sopeira que lhe ficara nas mãos.
        — Parem! Parem! — pedia o homem, desesperado: — Assim vocês me quebram a louça inteira! Alguém vai ter que pagar por isso.
        Voltou-se para dona Neném, ameaçador:
         — A senhora vai ter que pagar. Foi quem começou.
         — Pagar, eu? Tinha graça! Devagar com a louça! Não é inquebrável? — e dona Neném botou pra quebrar, reduzindo a pedaços as últimas peças que restavam em exibição.
        A essa altura a confusão já se generalizava e o gerente acorria, mobilizando os guardas de segurança da casa:
        — Que está acontecendo? Que loucura é essa?
        O empregado tentava se explicar, nervoso, até que o gerente o fez calar-se, botando também pra quebrar:
        — Seu idiota! Cretino! Imbecil! — e apontou outra prateleira de louças: — A inquebrável é aquela! Quem vai ter que pagar é você. E está despedido.
        Voltou-se para os fregueses, procurando se conter:
        — Desculpem, ele é novo na casa... A louça não é esta, é aquela ali. São realmente inquebráveis, venham ver.
        Dona Neném se adiantou, interessada:
        — Posso experimentar?
        Sem esperar resposta, pegou um dos pratos realmente inquebráveis e deixou cair. O prato esfarelou-se no chão.
          Fernando Sabino. Revista Ícaro, n. 54.
                        Fonte: Livro – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 5ª Série – Marilda Prates – Ed. Moderna, 2005 – p. 230-3.

1. A crônica "Botando pra quebrar" gira em torno de um acontecimento do cotidiano: uma compra em função de um anúncio que se provou enganoso. Observe, no quadro a seguir, alguns dos significados da expressão botar para quebrar: agir de maneira enérgica, brigar, agir de maneira decidida, exigir muito, saber muito ou fazer muito bem algo.
a) Nos fragmentos a seguir, indique com qual significado a expressão botar pra quebrar foi usada.
I — Pagar, eu? Tinha graça! Devagar com a louça! Não é inquebrável? — e Dona Neném botou pra quebrar, reduzindo a pedaços as últimas peças que restavam em exibição.
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II. O empregado tentava se explicar, nervoso, até que o gerente o fez calar-se, botando também pra quebrar:
— Seu idiota! Cretino! Imbecil! — e apontou outra prateleira de louças: — A inquebrável é aquela! Quem vai ter de pagar é você. E está despedido.
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b) Qual é a relação entre o conteúdo da crônica e o título dela?
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2. A respeito da personagem Dona Neném, responda.
 a) O que levou Dona Neném a tomar a decisão que dá início à narrativa?
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b) Qual foi a primeira providência dela ao chegar ao supermercado?
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c) O que você achou da atitude de Dona Neném de jogar o prato no chão para testar sua qualidade?
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d) De que forma a atitude de Dona Neném cria o humor da crônica?

3. Ao constatar que o produto não era o que esperava, Dona Neném decide ir embora.
a) O que o vendedor faz para convencê-la do contrário e impedir que vá embora?
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b) O que acontece em seguida e ajuda a dar continuidade à história narrada?
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c) De que forma esses novos fatos contribuem para a progressão da narrativa?
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4. Releia este trecho do texto.
Eu não disse? — tornou ele, mostrando os dentes, vitorioso: — é uma questão de jeito. Uma simples questão de jeito.
— Uma simples questão de jeito — repetiu ela: — quer dizer que para não quebrar é preciso deixar cair com jeito.
a) Por que Dona Neném repete a frase dita pelo homem do supermercado?
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b) Afinal, deixar que as louças caiam com jeito para evitar que elas se quebrem atende à motivação de Dona Neném para comprá-las? Explique sua resposta.
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5. Releia estes fragmentos do texto e observe os trechos em destaque que caracterizam o funcionário do supermercado.
(...) a) O empregado lhe estendeu um prato, com um sorriso superior:
(...) b) O homem tentou recolher o sorriso agora desapontado:
(...) c) O homem coçava a cabeça com ar de parvo:
• Associe esses trechos que caracterizam o funcionário do supermercado às ações de Dona Nenêm, a seguir.
I. O primeiro prato se quebra; ele tenta uma explicação.
II. aceitou fazer um teste; ele tinha certeza da qualidade do produto.
III. O segundo prato se quebra; ele não consegue explicar por quê.

6. Textos narrativos, como a crônica, em geral, podem ser divididos em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. No caderno, indique a que parte da crônica se refere cada afirmação.
a) Clientes questionam o conteúdo do anúncio veiculado na TV.
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b) A propaganda se revela enganosa.
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c) Um anúncio na TV chama a atenção de um consumidor.
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7. O que move dona Neném é a intenção de comprar, motivada pelo anúncio que julga vantajoso, e o que move o funcionário e o gerente é a intenção de vender.
a) Qual trecho da crônica define, de uma vez por todas, a qualidade do produto anunciado na TV?
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b) Os dois funcionários do supermercado acreditavam ou não no anúncio e na durabilidade do produto? Explique sua resposta.
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c) O que se pode concluir em relação ao conteúdo do anúncio visto por Dona Neném na TV?
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d) Que relação há entre esse tipo de anúncio e a intenção do autor ao
escrever a crônica?
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RECURSOS EXPRESSIVOS

1.. Releia estes fragmentos da crônica.
— Eu não disse? — tornou ele, mostrando os dentes, vitorioso:
Dona Neném é dessas que pagam para ver:
— Espere! — saltou o homem do supermercado, ferido nos seus brios:
a) No caderno, indique o sentido que as palavras ou expressões destacadas têm no texto. Se necessário, consulte um dicionário.
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b) Essas palavras e expressões foram utilizadas no sentido próprio ou figurado? Explique.
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2 Compare estas duas frases dos últimos parágrafos da crônica: a primeira, na fala do gerente, e a segunda, registrada pelo narrador.
— Desculpem, ele é novo na casa... A louça não é esta, é aquela ali. São realmente inquebráveis, venham ver.
Sem esperar resposta, pegou um dos pratos realmente inquebráveis e deixou cair. O prato esfarelou-se no chão.
• Levando em conta o conteúdo da crônica, a expressão destacada tem o mesmo sentido quando dita pelo gerente e quando está na voz do narrador? Explique sua resposta.
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3. Releia este trecho e observe a pontuação empregada.
— A senhora vai ter que pagar. Foi quem começou.
— Pagar, eu? Tinha graça! Devagar com a louça! Não é inquebrável?
Na fala de Dona Neném, as frases são curtas e apresentam pontuação com função expressiva. O que essas particularidades revelam sobre os sentimentos de Dona Neném nesse diálogo?
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4. Na crônica, são usados diferentes verbos e locuções verbais para expressar o que fazem os personagens com os pratos no supermercado.
a) Quais são esses verbos e expressões?
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 b) Considerando o contexto da situação em que os personagens se encontram, por que são usadas diferentes formas verbais pelo narrador?
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5.Releia estas expressões empregadas pelo narrador.
Pagar para ver.       Questão de jeito.
Duro na queda.      Infernizando a vida.
a)Essas expressões indicam um uso formal ou informal da língua? Por quê?
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b) Crônicas são originalmente publicadas em jornais, lidos por muita gente, para depois serem, possivelmente, reunidas em uma antologia. Em sua opinião, a linguagem empregada nessa crônica está adequada aos seus leitores? Explique.
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Para lembrar          
Crônica
Intenção principal: Abordar um fato do cotidiano e, com base nele, fazer uma crítica ou reflexão sobre uma questão.
Leitor: Leitores em geral.
Organização: Introdução, desenvolvimento e conclusão.
                        Narrada, em geral, em 3ªpessoa.
                        Pode conter diálogos.
Linguagem: Mais ou menos formal.
                     Pode variar de acordo com o autor e o público-leitor.


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CRÔNICA: BOTANDO PRA QUEBRAR - FERNANDO SABINO - COM GABARITO https://armazemdetexto.blogspot.com/2019/12/cronica-botando-pra-quebrar-fernando.html

Crônica: Botando pra quebrar
         

      Fernando Sabino

        Dona Neném viu o anúncio na televisão e se entusiasmou: duro na queda, cai sem quebrar. Não era de hoje que esse problema vinha infernizando a sua vida doméstica: pratos trincados, xícaras sem pires, sopeiras sem tampas, peças desfalcadas inutilizando o jogo inteiro. Ela própria sendo a principal desastrada, ao ensinar a nova cozinheira como lavar a louça sem quebrar uma só peça, acabava quebrando duas.
        Agora vinha aquela novidade: a louça inquebrável. Só que desta vez não era pirex, nem plástico: tinha todo o aspecto de louça de verdade.
        — O senhor garante que não quebra mesmo? — perguntou no supermercado, diante da novidade em exibição na prateleira.
        O empregado lhe estendeu um prato com um sorriso superior:
        — Se não acredita, pode experimentar.
        Dona Neném é dessas que pagam para ver: atirou no chão o prato e o prato se espatifou em mil pedaços. O homem tentou recolher o sorriso agora desapontado:
        — É porque bateu de quina.
        — Posso experimentar outro?
        Dona Neném pegou outro prato e jogou no chão, com o mesmo resultado. O homem coçava a cabeça com ar de parvo:
        — Não sei como explicar...
        — Este não bateu de quina.
        — Devia estar com defeito.
        Um senhor gordo, que se detivera para assistir à cena, afastou polidamente o empregado com o braço e se adiantou, ar suficiente:
        — Não quebram mesmo, eu conheço o produto. É que a senhora jogou assim...  — pegou um prato e ergueu-o no ar como se fosse atirá-lo com força: — Ao passo que a senhora devia ter deixado cair assim.
        Deixou delicadamente que o prato se escapasse de suas mãos. Ao bater no chão, o prato se espatifou.
        — Então, está bem, estou satisfeita — disse dona Neném, e foi saindo.
        — Espere! — saltou o homem do supermercado, ferido nos seus brios: — Eu asseguro à senhora que não quebra mesmo, quer ver?
        Deixou cair um prato, que saiu saltitando pelo chão, sem se quebrar.
        — Eu não disse? — tornou ele, mostrando os dentes, vitorioso: — É uma questão de jeito. Uma simples questão de jeito.
        — Uma simples questão de jeito — repetiu ela: — Quer dizer que para quebrar é preciso deixar cair com jeito.
        — É isso mesmo! — desafiou uma mulherzinha que se detivera junto a eles, interessada: — Com ele não quebra, mas com a gente quebra.
        — Então experimente a senhora — e o homem lhe estendeu o prato.
        — Prefiro a sopeira, se o senhor não se incomoda.
        Ela tinha cara de uma grande quebradora de louça. Pegou a sopeira e deixou cair: caco para todo lado. Estimulada pelo exemplo, uma menina desgarrou-se da mãe; passou a mão numas xícaras e atirou ao chão. Quebraram-se todas. O senhor gordo chamou-lhe a atenção:
        — Assim não, minha filha. Tem de deixar cair.
        Pegou uma pilha de pires e deixou cair. O chão se cobria de cacos de louça. A menina, entusiasmada, se servia na prateleira, atirando ao chão tudo que suas mãos alcançavam. A mulherzinha completou a obra largando no ar, delicadamente como queria o outro, a tampa da sopeira que lhe ficara nas mãos.
        — Parem! Parem! — pedia o homem, desesperado: — Assim vocês me quebram a louça inteira! Alguém vai ter que pagar por isso.
        Voltou-se para dona Neném, ameaçador:
         — A senhora vai ter que pagar. Foi quem começou.
         — Pagar, eu? Tinha graça! Devagar com a louça! Não é inquebrável? — e dona Neném botou pra quebrar, reduzindo a pedaços as últimas peças que restavam em exibição.
        A essa altura a confusão já se generalizava e o gerente acorria, mobilizando os guardas de segurança da casa:
        — Que está acontecendo? Que loucura é essa?
        O empregado tentava se explicar, nervoso, até que o gerente o fez calar-se, botando também pra quebrar:
        — Seu idiota! Cretino! Imbecil! — e apontou outra prateleira de louças: — A inquebrável é aquela! Quem vai ter que pagar é você. E está despedido.
        Voltou-se para os fregueses, procurando se conter:
        — Desculpem, ele é novo na casa... A louça não é esta, é aquela ali. São realmente inquebráveis, venham ver.
        Dona Neném se adiantou, interessada:
        — Posso experimentar?
        Sem esperar resposta, pegou um dos pratos realmente inquebráveis e deixou cair. O prato esfarelou-se no chão.
          Fernando Sabino. Revista Ícaro, n. 54.
                        Fonte: Livro – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 5ª Série – Marilda Prates – Ed. Moderna, 2005 – p. 230-3.
Entendendo a crônica:

01 – Você conhece a expressão “duro na queda”? Ela já serviu até como título de filme de aventura. Qual o significado dessa expressão no texto?
      No texto, refere-se a pratos difíceis de quebrar, em alusão ao seu significado original, ou seja, refere-se a tudo o que é resistente.

02 – “Dona Neném é dessas que pagam para ver”. A expressão pagar para ver tem origem em jogos de pôquer. Um jogador literalmente paga para ver as cartas do outro. Assim pode saber se seu oponente tem cartas melhores do que as suas. Qual o significado da expressão pagar para ver no texto?
      Querer comprovação dos fatos.

03 – “O vendedor coçava a cabeça com ar de parvo”.
a)   Qual o significado de parvo?
Indivíduo tolo, pouco inteligente.

b)   Por que o vendedor ficou com ar de parvo?
Porque não fazia sentido para ele os pratos quebrarem.

04 – A confiança do vendedor vai sendo quebrada lentamente, à medida que os pratos vão se espatifando. De que maneira identificamos, no texto, essa mudança na atitude do vendedor?
      O vendedor primeiro exibe um sorriso, depois recolhe o sorriso, desapontado, fica com ar de parvo, e, finalmente, fica desesperado.

05 – O texto é uma narração em terceira pessoa. Identifique:
a)   A situação inicial.
Dona Neném vai ao supermercado comprar pratos inquebráveis.

b)   O conflito ou a crise.
O teste dos pratos não dá certo.

c)   O clímax, ponto mais grave do conflito.
As duas mulheres e a menina quebram a louça.

d)   Solução do conflito.
A louça quebrada não era a oferecida como inquebrável.

e)   Início de uma nova situação.
A louça oferecida na propaganda foi localizada e começou a ser testada.

06 – De acordo com as respostas do exercício 5, responda: a solução do conflito foi a solução do problema de Dona Neném?
      Não, pois o problema de Dona Neném era adquirir pratos inquebráveis e a solução do conflito foi a descoberta de que os pratos testados não eram os da propaganda.

07 – No texto, a propaganda parece ter iludido os consumidores.
a)   Você acha que propaganda enganosa é crime? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal do aluno.

b)   Você acredita em tudo o que as propagandas prometem? Por quê?
Resposta pessoal do aluno.




9 comentários:

  1. Qual a relação entre o conteúdo da crônica ei título dela

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    1. É direta a relação entre o conteúdo da crônica e o título dela. Isto é, os produtos anunciados no conteúdo da crônica Botando pra quebrar deveriam ser resistentes. ... Isto é, os produtos anunciados no conteúdo da crônica Botando pra quebrar deveriam ser resistentes.

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  3. Respostas
    1. De que forma esses novos fatos contribuem para a progressão da narrativa

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  4. É direta a relação entre o conteúdo da crônica e o título dela. Isto é, os produtos anunciados no conteúdo da crônica Botando pra quebrar deveriam ser resistentes. ... Isto é, os produtos anunciados no conteúdo da crônica Botando pra quebrar deveriam ser resistentes.

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  5. Quais são os verbos dicendi desse texto?

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