O VERDADEIRO PREÇO DE UM BRINQUEDO
Carlos Eduardo Lopes Marciano
É comum vermos
comerciais direcionados ao público infantil. Com a existência de personagens
famosos, músicas para crianças e parques temáticos, a indústria de produtos destinados
a essa faixa etária cresce de forma nunca vista antes. No entanto, tendo
em vista a idade desse público, surge a pergunta: as crianças estariam
preparadas para o bombardeio de consumo que as propagandas veiculam?
Há quem duvide
da capacidade de convencimento dos meios de comunicação. No entanto, tais
artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da História. A imprensa, no
século XVIII, disseminou as ideias iluministas e foi uma das causas da queda do
absolutismo. Mas não é preciso ir tão longe: no Brasil redemocratizado,
as propagandas políticas e os debates eleitorais são capazes de definir o resultado
de eleições. É impossível negar o impacto provocado por um anúncio ou uma
retórica bem estruturada.
O problema
surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil. Comerciais para
essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados por músicas temáticas, as
cenas mostram crianças, em grupo, utilizando o produto em questão. Tal manobra
de “marketing” acaba transmitindo a mensagem de que a aceitação em seu grupo de
amigos está condicionada ao fato de ela possuir ou não os mesmos brinquedos que
seus colegas. Uma estratégia como essa gera um ciclo interminável de consumo
que abusa da pouca capacidade de discernimento infantil.
Fica clara, portanto,
a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar, como já
acontece em países como Canadá e Noruega, a propaganda para esse público,
visando à proibição de técnicas abusivas e inadequadas. Além disso, é
preciso focar na conscientização dessa faixa etária em escolas, com
Professores(as) que abordem esse assunto de forma compreensível e responsável.
Só assim construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga vender seus
produtos sem obter vantagem abusiva da
ingenuidade infantil.
1 – No trecho “No entanto, tendo em vista a idade desse
público [...]”, (primeiro parágrafo), a que se referem os termos
destacados?
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2 – Que manobra de marketing é citada no terceiro
parágrafo?
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3 – Transcreva do terceiro parágrafo um trecho em que há
ideia de tempo:
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4 – Marque, no texto, as partes que compõem a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão.
5 – Qual a tese defendida no texto?
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6 – Que argumento, no terceiro parágrafo, foi utilizado para
fundamentar a tese?
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7 – O que o autor sugere na conclusão do seu texto?
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TESE
é a ideia que defendemos, pois a
argumentação implica posicionamento, defesa do ponto de vista, o que pode
implicar, evidentemente, divergência de opinião. Os argumentos
de um texto são, em geral, facilmente
localizáveis. Identificada a tese, faz-se a pergunta por quê? (Ex.: o texto afirma isso
(tese) por vários motivos (argumentos)). Os argumentos utilizados para fundamentar
a tese podem ser de diferentes tipos: exemplos, comparações, dados históricos,
dados estatísticos, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos
– enfim, tudo o que possa demonstrar que o ponto de vista defendido pelo autor
tem consistência.
Por favor passe a respoata
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