REPORTAGEM ALPHA 7º ANO TER MENOS COMPARTILHAR MAIS p.154
COM ADAPTAÇÕES
NOTÍCIA X REPORTAGEM
Notícia é relato de acontecimento
atual, de interesse público, veiculado em jornal impresso ou online, em blog, em jornal mural, em emissora de rádio, em canal de televisão
etc.
Reportagem geralmente é a ampliação de uma notícia, que teve grande
interesse social. A reportagem procura abordar diferentes aspectos do
acontecimento, seus antecedentes,
suas causas e consequências; apresenta depoimentos, dados estatísticos, fotos ilustrativas,
opiniões... Sua função, além de
informar, é estimular uma reflexão sobre o assunto.
Quanto à estrutura. a notícia e a
reportagem são semelhantes em suas partes básicas: manchete, linha fina, LIDE, corpo do texto.
A reportagem é
mais ampla em espaço e em seus conteúdos, apresenta e detalha as informações,
apresenta mais depoimentos, traz boxes com
fotos. mapas, dados estatísticos, entrevistas etc.
Veja um quadro com diferenças básicas entre noticia e reportagem:
NOTÍCIA
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REPORTAGEM
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Mais curta.
Relato de um fato.
Mais direta.
Objetiva, prende-se ao fato.
Tem por objetivo informar.
Relata acontecimentos
diários e atuais.
Vincula-se aos acontecimentos diários, atuais.
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Geralmente mais extensa.
Exposição sobre um
assunto.
Mais detalhada com mais aspectos de um mesmo assunto.
Objetiva, porém mais analítica.
Tem por objetivo
detalhar a informação e estimular a reflexão.
Vincula-se a assuntos
que são de interesse público.
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TÍTULO (MANCHETE): Ter menos, compartilhar mais
LINHA FINA: Em meio a um
modelo altamente consumista, a economia colaborativa ganha adeptos como
alternativa de uso criativo de recursos e valorização dos laços sociais
CORPO DO TEXTO:
Ensinar bordado
em troca de aulas de inglês, pedir ao vizinho uma pipoqueira emprestada, trocar
brinquedos que já perderam a graça por outros diferentes, jantar na casa de um
chef de cozinha. Práticas desse tipo podem até parecer mais comuns em cidades
pequenas, mas têm ocorrido com frequência em centros urbanos como São Paulo.
Graças às facilidades tecnológicas, a chamada economia colaborativa - na qual
se tem como foco o consumo coletivo, as trocas ou empréstimos - ganha adeptos
como alternativa para quem busca ter menos e compartilhar mais.
[...]
Apesar de
diversas práticas fazerem parte da economia colaborativa ou compartilhada, há
nuances dentro do mesmo modelo. Segundo a economista e consultora em economia
criativa Ana Carla Fonseca Reis, é possível apontar algumas variáveis básicas:
aquelas em que há pagamentos e não se coloca a ideia de posse em questão, como
é o caso de quem aluga temporariamente um quarto de casa; as que trabalham com
a ideia de posse compartilhada, como nos grupos de pessoas que se reúnem para
comprar um bem em conjunto; e as que valorizam o acesso e não a posse, seja por
meio de transações monetárias ou não, como no caso de redes de empréstimo, uso
compartilhado ou trocas de produtos e serviços. [...]
A antropóloga
Hilaine Yaccoub, especialista em antropologia do consumo, lembra que, apesar de
a tecnologia ter colaborado para um resgate de redes de compartilhamento desse
tipo, elas já existem desde que nos organizamos como sociedade. "O que
acontece é que, hoje, muitas pessoas têm buscado um retorno a esse consumo mais
coletivo e menos individual", afirma. [...]
Tecnologia a favor
[...]
A professora de
Economia na Era Digital [...] Dora
Kaufman explica que as tecnologias digitais e as redes sociais são centrais
para entender o crescimento da economia colaborativa. "Se antes os
indivíduos compartilhavam objetos e serviços de maneira mais restrita em seus
círculos mais próximos, hoje as redes digitais promovem essas mesmas práticas
em dimensões maiores, envolvendo participantes que nem sempre conhecemos",
compara. "As redes sociais digitais não só impulsionam as práticas
colaborativas ao oferecer suas plataformas, como também trazem uma dimensão inédita,
minimizam os fatores geográficos e temporais das comunicações, privilegiam os
interesses e as habilidades dos participantes em detrimento de padrão de vida,
gênero, cor, idade etc."
[...] A
pesquisadora informa que não se pode antecipar o resultado disso em longo
prazo. "Atualmente, a economia colaborativa me parece uma prática que as
pessoas estão reconhecendo como um valor positivo e que vem sendo adotada por
indivíduos engajados em contribuir para uma sociedade mais igualitária, menos
consumista e mais humana."
Ter menos, compartilhar mais. Revista E, Serviço Social do Comércio
(Sesc), São Paulo, fev. 2016. Disponível
em: .
Acesso em: 24 ago. 2018.
1. A partir da leitura do primeiro parágrafo informe o assunto da reportagem.
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2.De que forma o
primeiro parágrafo introduz o assunto
da reportagem para o leitor( Como ele chama o assunto)?
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3.Leia o fragmento: “Graças
às facilidades tecnológicas, a chamada economia colaborativa — na qual se tem como foco o consumo
coletivo, as trocas ou empréstimos — ganha
adeptos” Que outro sinal de pontuação
poderia substituir os travessões?
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4. De acordo com o primeiro parágrafo, o que torna a
economia colaborativa possível em uma cidade grande como São Paulo são as
facilidades tecnológicas. Identifique de que modo essa afirmação é reforçada no corpo da reportagem.
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5. Sobre as especialistas entrevistadas na reportagem,
responda às questões.
a) Qual é a relação delas com o tema abordado pela
reportagem?(o que eles fazem, profissão...)
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b) Qual é o posicionamento
dessas profissionais em relação à economia colaborativa? (Qual é a opinião)
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c) Como esse posicionamento
se relaciona com o título e a linha fina?
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6.Imagine que você seja o editor da Revista X e crie um boxe
com cinco dicas de atitudes que contribuam
para um comportamento de consumo mais responsável. Dê um título a seu boxe
usando uma palavra COLABORE.
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7. Quais são os principais problemas de acesso à educação no
Brasil hoje? Quais as possíveis soluções
para esses problemas?
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8. Para indicar as falas
das pessoas entrevistadas, qual sinal de pontuação foi utilizado?
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FONTE:
COSTA, Cibele Lopresti, Geração Alpha Língua portuguesa: ensino fundamental:
anos finais: 7ºano-2ª ed. - São Paulo: Edições SM, 2018.
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