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terça-feira, 26 de maio de 2020

CONTO UMA VEZ UMA BIBLIOTECA 6ºANO RIO18


Era uma vez...
      Era uma vez uma... Princesa? Não.
       Era uma vez uma biblioteca. E também era uma vez a Luísa que foi à biblioteca pela primeira vez. A menina andava devagar, puxando uma mochila de rodinhas enoooorme. Ela olhava tudo muito admirada: estantes e mais estantes recheadas de livros. Mesas, cadeiras, almofadas coloridas, desenhos e cartazes nas paredes.
­      –– Eu trouxe a foto — disse timidamente para a bibliotecária.
       — Ótimo, Luísa! Vou fazer sua carteira de sócia. Enquanto isso, pode escolher o livro. Você pode escolher um livro para levar para casa, tá?
      — Só um?! — perguntou desapontada.
      De repente tocou o telefone e a bibliotecária deixou a menina com aquela difícil tarefa de escolher somente um livro diante daquela infinidade de estantes. Luísa puxou a mochila e procurou, procurou, até que achou o seu favorito: Branca de Neve. Era uma edição de capa dura, com lindas ilustrações. Com o livro na mão, puxou a mochila novamente e, quando já saía, alguém bateu no seu ombro. A menina se virou e quase caiu para trás de susto: era nada mais, nada menos que o Gato de Botas com o livro dele nas mãos, quer dizer, nas patas!
       — Bom dia! Como vai sua tia? — brincou o gato fazendo uma reverência — Luísa, você não está careca de saber essas histórias de princesas? Por que não leva o meu livro. O Gato de Botas, que é bem mais divertido?
      Luísa admiradíssima, com os olhos arregalados, não sabia o que dizer.
       — O que houve? O gato comeu sua língua? — brincou.
       — Você é o Gato de Botas de verdade?!
        — Eu mesmo! Em pelo e osso! Pois, então, me leve para a sua casa e você saberá tudo sobre a minha história e a do Marquês de Carabás.
       A menina, de tão perplexa, só fez que sim com a cabeça.
       O Gato de Botas, num passe de mágica, voltou para o livro [...]
        Mais tarde, a menina entrou em casa na maior alegria, e a mãe gritou lá de dentro:
       — Chegou, filha?
      Chegamos!
Luciana Sandroni
Mensagem de Luciana Sandroni para o Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil, de 2016, traduzida e divulgada nos 64 países membros do IBBY

         1.  A pontuação é empregada, muitas vezes, em um texto não somente para indicar o final de uma frase, mas também para criar efeitos de sentido. Que efeito de sentido provoca o uso das reticências neste trecho?          
"Era uma vez uma... Princesa? Não."

       2. Outro recurso que podemos empregar para criar efeitos de sentido é a repetição de letras ou sons. O que a repetição da letra "o" sugere neste
trecho?
“ A menina andava devagar, puxando uma mochila de rodinhas enoooorme."
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       3. A que se refere a palavra destacada?
       “— Ótimo, Luísa! Vou fazer sua carteira de sócia. Enquanto isso, pode escolher o livro.”
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       4. Com que finalidade foram empregados juntos o ponto de interrogação e o de exclamação, na fala de Luisa?
      "— Só um?! - perguntou desapontada."
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       5. Que efeito de sentido a repetição do verbo "procurou" causa neste trecho?
       "Luísa puxou a mochila e procurou, procurou, até que achou o seu favorito: Branca de Neve."

      6. O que a menina quis dizer, ao final do texto, quando responde à mãe "Chegamos!”?

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